Review: Smash Up

pic1269874Hoje trago para vocês o review de mais um card game muito divertido da AEG (Alderac Entertainment Group) e lançado aqui no Brasil pela Galápagos Jogos, lembrando que a AEG também é responsável pelo lançamento do Card Game de Lenda dos Cinco Anéis. Smash Up é um jogo competitivo de 2 à 4 pessoas, no qual o objetivo é utilizar as diversas cartas de criaturas e ações a disposição para adquirir pontos através de bases que são distribuídas na mesa.

O Jogo principal contém oito baralhos com facções diferentes: Piratas, Ninjas, Zumbis, Robôs, Dinossauros (com lasers!), Magos, Fadas (Trapaceiros) e Aliens. Ai vem a primeira grande mecânica: Cada jogador escolhe, ou decide-se aleatoriamente, dois baralhos e os mistura para compor o seu baralho de jogo. Com oito facções a disposição isso resulta em até 56 combinações diferentes (espero que minha matemática esteja certa…), variando entre coisas bem interessantes como zumbis-ninjas, magos-robôs e piratas-dinossauros.

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O Caminho da Destruidora Parte 2 – Rokugan Além do Livro Básico

A história do RPG a Lenda dos Cinco Anéis (L5A) está sempre em constante expansão e muito já aconteceu além do que é mostrado no livro básico. Esse post faz parte de uma série onde tenho contado os principais acontecimentos do Império Esmeralda a partir de onde o livro básico, publicado no Brasil pela editora New Order, parou. Para saber um pouco mais sobre o porque da sempre expansão da história de L5A, veja o post inicial. Caso não faça ideia do que é Lenda dos Cinco Anéis, que tal ler o post onde explicamos um pouco?

Veja também os outros posts da série!

Ilustração de Steve Argyle

Ilustração de Steve Argyle

A Queda da Muralha

Depois do que pareceram várias ondas de monstros das terras sombrias a se chocar contra a muralha, veio o que pareceu ser uma maré inteira. Um oceano negro de monstros e demônios se chocando contra a Muralha do Carpinteiro. E esse foi um combate feroz, onde vários samurai do Caranguejo, Leão e Unicórnio pereceram em defesa do império. Mas a bravura e a honra triunfaram e apesar de todas as baixas, Rokugan saiu vitoriosa, mas por pouco tempo.

O silêncio e a calmaria não duraram muito. Uma noite apenas após o exército das terras sombrias, sons distantes cortaram o ar. Eram batidas desconhecidas que começaram com um sussurro para ir gradualmente aumentando e ameaçando varrer a sanidade dos que ouviam. E então eles apareceram. Vieram na forma de um exército sem fim. Ainda maior do que o mar de onis de apenas um dia a trás. Fileiras e fileiras de coisas  monstruosas que pareciam alguma espécie de guerreiro. Estavam protegidos por pesadas armaduras pesadas, cada um tendo quatro braços, dois segurando armas e dois com mãos recheadas de garras metálicas. Continuar lendo

O Caminho da Destruidora Parte 1 – Rokugan Além do Livro Básico

A história do RPG a Lenda dos Cinco Anéis (L5A) está sempre em constante expansão e muito já aconteceu além do que é mostrado no livro básico. Esse post faz parte de uma série onde tenho contado os principais acontecimentos do Império Esmeralda a partir de onde o livro básico, publicado no Brasil pela editora New Order, parou. Para saber um pouco mais sobre o porque da sempre expansão da história de L5A, veja o post inicial. Caso não faça ideia do que é Lenda dos Cinco Anéis, que tal ler o post onde explicamos um pouco?

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Onis atacam a muralha

Onis atacam a muralha

Problemas na Muralha

Quando a onda massiva de onis caiu sobre A Muralha, não demorou muito para que os Caranguejo percebessem que tinham um problema como jamais enfrentado antes. Criaturas poderosas que antes atuavam solitárias estavam se unindo aos seus pares em um ataque desesperado contra as defesas do Clã fundado por Hida. Os valorosos samurai do Clã Caranguejo, como sempre, lutaram e resistiriam protegendo a Muralha Kaiu. Esse era seu dever para com o Império, no entanto a situação piorava muito rápido.

Mesmo nos primeiros dias desses ataques à Muralha, o líder do Clã Caranguejo, Hida Kuon, já se mostrava preocupado com a situação, em suas conversas com o herói da Guerra do Fogo Negro Hida Benjiro. O Campeão do Caranguejo precisava responder a um chamado da imperatriz, que convocava os Campeões de todos os Clãs até a capital para que participassem do festival que comemorava a vitória na última guerra. Kuon não estava inclinado a deixar os seus súditos em meio à necessidade,mas acabou sendo convencido por Benjiro que era melhor para o Caranguejo que o seu Campeão não deixasse de lado uma convocação por parte da própria Imperatriz. Kuon observou que a presença de Benjiro poderia elevar a moral dos soldados na Muralha e, consciente das prioridades do Caranguejo, ordenou que soldados fossem retirados das fronteiras com a Garça e com o Escorpião e enviados até as zonas de conflito. O clã estaria vulnerável caso algum de seus rivais resolvesse criar problemas, mas isso possibilitaria que houvesse uma rotatividade na Muralha. Mesmo Caranguejos precisam descansar. Continuar lendo

A Ascensão de Kali-Ma, a Destruidora – Rokugan Além do Livro Básico

A História de Rokugan além do livro básico

A história do RPG a Lenda dos Cinco Anéis (L5A) está sempre em constante expansão e muito já aconteceu além do que é mostrado no livro básico. Esse post faz parte de uma série onde tenho contado os principais acontecimentos do Império Esmeralda a partir de onde o livro básico, publicado no Brasil pela editora New Order, parou. Para saber um pouco mais sobre o porque da sempre expansão da história de L5A, veja o post inicial. Caso não faça ideia do que é Lenda dos Cinco Anéis, que tal ler o post onde explicamos um pouco?

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Temple_of_Kali-Ma_2

Templo de Kali-Ma

Kali-Ma antes da Guerra dos Destruidores

Com a realização do Torneio Celestial, que culminou na coroação de Iweko I, e as tragédias da Guerra do Fogo Negro, o Império estava concentrado nesses eventos que estavam moldando a face de Rokugan. Contudo, poucos desconfiavam que não era apenas o Império Esmeralda que passava por mudanças. Convulsões aconteciam no próprio Jigoku, o Reino do Mal, uma batalha da qual ninguém em Rokugan tinha real conhecimento. Kali-Ma, o avatar de Shiva a Destruídora, deusa estrangeira dos Reinos de Marfim realizava os seus próprios planos. A traição de Chosai contra Daigotsu havia sido obra da Destruidora, bem como a Guerra do Fogo Negro, mas seus planos ainda não haviam acabado.

Era 1171, pós a derrocada do Exército do Fogo Negro e Guerra dos Destruidores logo cairia sobre Rokugan. Os eventos que culminaram no conflito, no entanto, são mais antigos. Começaram três anos antes. Continuar lendo

O Início da Guerra do Fogo Negro – Rokugan Além do Livro Básico

A História de Rokugan além do livro básico

A história do RPG a Lenda dos Cinco Anéis (L5A) está sempre em constante expansão e muito já aconteceu além do que é mostrado no livro básico. Esse post faz parte de uma série onde tenho contado os principais acontecimentos do Império Esmeralda a partir de onde o livro básico, publicado no Brasil pela editora New Order, parou. Para saber um pouco mais sobre o porque da sempre expansão da história de L5A, veja o post inicial.

Uma cena da Guerra do Fogo Negro

Uma cena da Guerra do Fogo Negro

Entre os meses do Rato e do Boi (décimo e décimo primeiro mês de Rokugan), o clã do Castor descobriu a presença de um exército de tamanho impressionante se aproximando das bordas norte do Império. Eram yobanjins, bárbaros tribais que viviam ao norte, além das bordas do Império Esmeralda e que por vezes já haviam entrado em combate com os rokugani.

No entanto, o número que marchava até a Grande Muralha do Norte era maior do que nunca antes visto. O batedor mais rápido foi enviado para avisar a Imperatriz do perigo que o Império corria, no entanto estava ocorrendo a Corte de Inverno, e Iweko I estaria um tanto quanto inacessível. Paralelo a isso, as forças imperiais e o shogun Moto Jin-sahn se ocupavam combatendo a Aranha na floresta de Shinomem Mori. Devido a esses acontecimentos, o Império não conseguiu responder rapidamente à ameaça. Continuar lendo

Review: Senhor dos Anéis Card Game

Lord of The Rings LCG

O universo fantástico de J.R.R. Tolkien já tem anos de existência e ainda assim continua encantando as novas gerações facilmente. Como era de se esperar, a linha de produtos com temática baseada em Senhor dos Anéis e O Hobbit é incrivelmente vasta, sem deixar de fora os jogos de tabuleiro e cartas. Também produzido pela Fantasy Flight e distribuído no Brasil pela Galápagos Jogos, O Senhor dos Anéis Card Game é um diferente jogo do gênero que garante algumas boas horas de entretenimento.

Diferente dos demais jogos de cartas colecionáveis (CCG) que estão a disposição, como Magic: The Gathering e Yu-Gi-Oh, SdA tem o estilo de coleção dos jogos de cartas da Fantasy Flight, o LCG ou Living Card Game. Um LCG não possui pacotes de cartas aleatórias que os jogadores devem adquirir para conseguir cartas raras ou trocar, ele traz uma caixa principal ou Core com tudo o necessário para se jogar, incluindo quatro baralhos diferentes e diversas cartas fixas para as missões, no caso de SdA. Periodicamente, pacotes de expansão são lançados com cartas fixas, ou seja, não é necessário comprar vários pacotes e esperar a sorte fazer seu trabalho para que se tenha todas as cartas, basta comprar as expansões desejadas, sendo possível ter todas as cartas com um pacote de cada.

A caixa principal inclui, além das cartas, algumas fichas e marcadores. A arte das cartas é bem característica do cenário apresentado nos livros e de boa qualidade, apesar do material não ser tão impressionante. Apesar de ser mencionado que o jogo é para 1 ou 2 jogadores, não há nenhuma restrição para se jogar com mais do que isso, até porque as regras se adequam a quantidade de jogadores. Testei o jogo com 4 pessoas e a única complicação é a quantidade de cartas na mesa e ações a serem tomadas, que podem tornar as coisas um pouco confusas e lentas.

SdA é um jogo cooperativo, onde os jogadores controlam heróis e personagens icônicos do cenário e devem completar uma missão ou aventura, que é representada pelo baralho de desafios. Esse baralho é constituído de criaturas, maldições e localidades que, junto com as regras de cada missão, devem ser derrotados. As missões não tem uma ordem específica para serem concluídas são representadas por um conjunto de três cartas especiais, específicas para cada missão, que ditam as regras e pontuações necessárias para vencer. O baralho de desafios funciona de forma automática, as cartas vão sendo reveladas e adicionadas à mesa de acordo com o andamento do jogo, não sendo necessário um jogador para controlá-lo.

O baralho dos jogadores contém personagens, armamentos, habilidades e magias além de até três heróis que irão participar das missões. Cada jogador também possui um contador de ameaça, que varia de acordo com as jogadas tanto dos próprios jogadores, quanto do baralho de desafios. Caso o contador de alguém chegue até 50 ou todos os heróis dessa pessoa forem derrotados, ela será eliminada. O turno tem uma estrutura simples, porém algumas coisas pontuais são um pouco complicadas, sendo necessário entender muito bem o funcionamento do jogo para que ele siga sem problemas. A ordem em que as ações acontecem também pode parecer um pouco complexa no início, sendo necessário algumas partidas para fixá-las.

Após entender as regras, SdA torna-se um jogo bem divertido, até porque ele não é nem um pouco fácil. Cada turno tem que ser cumprido com as melhores táticas possíveis e com economia de recursos, pois nunca se sabe quando um grupo de Cavaleiros de Warg ou um Nazgul irá surgir para derrubar um herói com apenas um golpe. Além disso, quanto maior estiver o contador de ameaça, mais criaturas perigosas atacarão aquele jogador, então o tempo também é precioso. A dificuldade do jogo pode ainda ser alterada, retirando-se algumas cartas específicas, como é mencionado no livro de regras ou adicionando um pacote de expansão de Pesadelo, com cartas ainda mais perigosas para deixar o jogo realmente difícil.

Apesar da dificuldade (que acredito ser um ponto muito positivo) e da complexidade das regras, SdA é um jogo bem emocionante. Avançar nas missões e descobrir novas criaturas se torna progressivamente emocionante. A versão brasileira conta com 6 pacotes menores de cartas e uma expansão maior, voltada para o primeiro pedaço do livro do Hobbit, com as aventuras enfrentadas por Bilbo e sua companhia.

por Caio “Tyghorn” Victor